PIX e fintechs decretam o fim do dinheiro

A lei 12.865, de 09/10/2013, posteriormente regulamentada pelo Banco Central do Brasil em 04/11/2013 por meio de duas resoluções e quatro circulares diz que: “o Banco Central do Brasil, o Conselho Monetário Nacional, o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações promoverão, no âmbito de suas competências, a inclusão financeira por meio da participação do setor de telecomunicações no fornecimento de serviços de pagamento e, com base em avaliações periódicas, poderão adotar medidas de incentivo ao desenvolvimento de modalidades de pagamento que utilizem terminais de acesso aos serviços de telecomunicações propriedade do usuário”.

Fintechs e PIX, uma dobradinha com potencial para bancarizar o brasileiro e decretar o fim do papel moeda.

96% dos estudantes brasileiros e 91% das famílias ativas no CadÚnico do governo federal possuem conta bancária.

As fintechs ofertam conta digital gratuita, os bancos virtuais como o Inter e o Nubank não cobram tarifas alguma de seus clientes, eles são 100% grátis.

O PIX é o sistema de transferência instantânea do Banco Central. Com ele temos menor risco de assalto e não mais necessidade de troco. O PIX ainda decreta a morte do cartão de débito.

Nossa vida está ligada ao telefone. Hoje já temos a carteira de motorista virtual e o título de eleitor virtual, por que não a moeda virtual?

O uso do celular com acesso à internet é uma realidade mesmo nos lugares mais periféricos.

Os pagamentos móveis realizados pela TIC (tecnologia da informação e comunicação) são ferramentas com o potencial de incluir no sistema financeiro o cidadão pobre. Na última década pagamentos e recebimentos eletrônicos se tornaram uma realidade.

Dispositivos móveis têm maior penetração do que contas bancárias em países em desenvolvimento, e culturalmente o celular faz parte do dia-a-dia do brasileiro, o que é positivo para a implementação de uma moeda digital.

Uma moeda pode ser um artefato material como o papel moeda, ou abstrato e imaterial como as moedas digitais que vemos hoje.

No Brasil temos 138 linhas telefônicas para cada 100 pessoas. Isto mesmo, temos mais linhas telefônicas que pessoas.

Os pagamentos móveis são uma maneira de combater a pobreza por meio da inclusão financeira, mas a alfabetização digital se faz necessária. A logística do dinheiro virtual é fácil, barata e segura. A transferência de valor economiza tempo e dinheiro, pois a pessoa não precisa se locomover para pagar ou receber, tudo pode ser feito de seu telefone celular. Ainda o papel moeda tem o custo de impressão e transporte logístico.

Sim, existe o custo de manutenção e aperfeiçoamento do sistema eletrônico de pagamentos, mas ele é menor que o custo de garantir a segurança contra falsificação das notas emitidas pela casa da moeda do Banco Central.

Acredito que o brasileiro esteja maduro para atribuir novos conceitos e significados à moeda, e facilmente aceitaria em uma moeda totalmente digital.

A inclusão do brasileiro ao sistema bancário por meio do celular que já é presente em seu dia-a-dia é uma estratégia inteligente. A curva de aprendizado é baixa, haja vista a facilidade com o uso do aparelho. A celeridade do PIX o faz ser um sistema de pagamentos fácil e ágil.

A verdade é que o papel moeda está acuado nas cordas, prontinho para cair e não tem como ele ganhar esta luta. Ele já perdeu, só nos resta saber em que round ele irá cair.

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