Democracia sempre!

Em democracias saudáveis todo protesto é legítimo e salutar. Mas a linha entre um protesto democrático e uma ação antidemocrática é facilmente ultrapassada como assistimos nos dias seguintes a eleição.

Uma pessoa trajar uma camiseta ou uma bandeira brasileira em um lugar público demostrando descontentamento com o resultado da eleição é democrático. Impedir a circulação de veículos em rodovias não o é. É na verdade o oposto, um atentado ao regime democrático.

O Brasil é uma país conservador e o resultado da eleição jogou luz nisso. Mas é preciso diferenciar o conservador do golpista. Bloquear rodovias, pedir intervenção militar e o fim do STF é golpe. Obviamente que a maioria dos eleitores do presidente Bolsonaro não são golpistas e não apoiam estes atos, mas há uma parcela significativa de seus eleitores que sim, são golpistas. E existem aqueles que fingem não ver os extremistas.

Bolsonaro é o responsável por este clima tenso. Ele afirma jogar “nas quatro linhas da Constituição”, mas em momento nenhum é claro com seus apoiadores extremados. Suas falas confusas são combustível para os radicais.

O radicalismo político não emerge da noite para o dia, ele é plantado, adubado e cultivado. É preciso punir os radicais. O que vimos nos dias seguintes a eleição é crime grave que não pode passar impune. As lideranças desses movimentes precisam ser julgadas e presas.

Os frutos antidemocráticos já são colhidos pelo país, da professora da Universidade Federal do Amapá que se recusa a orientar alunos de esquerda ao colégio de Porto Seguro onde alunos se mostram orgulhosamente racistas, homofóbicos e fazem apologia ao nazismo.

É preciso punir, punir e vigiar já dizia Foucault (contém ironia).

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